sexta-feira, 9 de junho de 2017

Conheça a história do "nono" Artur



Artur fabrica deliciosos vinhos e conta com a ajuda do neto Samuel e da esposa Valentina
Samuel gosta muito de ouvir as histórias do nono Artur e é um grande companheiro do avô



Ele já foi secretário da Agricultura de Presidente Getúlio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da mesma cidade. Como um bom italiano, gosta de receber os amigos com uma boa polenta e vinho. Hoje, se dedica a venda de produtos coloniais e, principalmente, à produção de vinho. O  “nono” Artur Poffo é o nosso entrevistado da semana. Confira a matéria completo realizada pelo aluno do 7º01, Samuel Poffo, neto de Artur.

Samuel Poffo

Estou aqui com uma pessoa que começou a trabalhar na roça aos seis anos. Artur Poffo, 61 anos, mora na Localidade de Ribeirão Tucano e fez todo o seu antigo primário na escola Cecília Ax, localizada na época na rua Abel Ceola. O ginásio, como era chamado na época o ensino médio, ele fez na escola Orlando Bertoli, onde também concluiu o magistério. Hoje, poderia ter sido professor, um sonho que não realizou. Tinha também o sonho de ser engenheiro agrônomo, mas por questões financeiras, não cursou a faculdade. Confira entrevista realizada com meu nono Artur:
Cecília Ax em Ação: Como eram os estudos antigamente?
Artur: Os estudantes eram mais pesados do que hoje em dia. Logo no primeiro ano tinha que saber ler e escrever.  No 3º ano tínhamos que saber as tabuadas de cor, os estados e as capitais. Tínhamos pouco tempo para estudar, pois precisava ajudar a família. As tarefas eram feitas a noite com a luz do querosene, pois não tinha energia elétrica.
CAE: Como era o caminho até a escola?
Artur: Andávamos no meio do mato e quando chovia tínhamos que arregaçar a calça até o joelho, pois tinha muita lama. As bolsas eram feitas de pano ou saco de açúcar. Quando comecei a ir para o Orlando Bertoli, ia de bicicleta. Quando chovia, precisava deixar a bicicleta na escola, pois não dava para levar para casa por causa da lama.
CAE: o que vocês brincavam antigamente?
Artur: A gente brincava somente aos domingos e dias santos. Brincava de bola, descia o morro de canoa e a partir dos 13 anos, comecei a jogar bola no Fluminense que ficava onde hoje é parque aquático Rafaela.

CAE: Quando você casou?
Artur: Dia 7 de julho de 1980, com Valentina Cipriani. A festa foi feita no rancho dos meus pais. A dança foi dentro de casa, na sala.
CAE: Quantos irmãos você tem?
Artur: tenho três filhas e um neto. As filhas são Andressa, Deise e Ana Paula e o neto é você, Samuel.
CAE: Onde você trabalhou na sua vida?
Artur: Trabalhei na roça, fui presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Presidente Getúlio, conselheiro da Cooperativa Regional do alto Vale do Itajaí (Cravil), secretário da Agricultura de PG. Atualmente sou aposentado, mas trabalho e muito. Fabrico vinhos, produzo nozes e crio gado de corte.
CAE: Quantos irmãos você tem?
Artur: Tenho oito irmãos: três mulheres e cinco homens, dois são falecidos. Cuidei dos meus pais até a morte deles.

CAE: Como é a sua vida atualmente?

Artur: Atualmente moro onde nasci e estou aposentado. Porém, vou trabalhar até quando tiver saúde. Cuido das plantações de consumo próprio, vendo produtos coloniais, como vinho, queijo, nozes, macarrão, feijão, abóbora, chuchu, entre outros. Gosto de receber meus amigos com uma boa polenta e vinho. Conheço muitas pessoas de Presidente Getúlio, gosto de viajar e gosto de brincar com as minhas cachorras Laila e Bolinha.

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